A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

segunda-feira, 8 de março de 2010

QUEIMA DE ARQUIVO

Herdamos muita coisa de nossos pais. Tendências genéticas, posição social, cultura, defeitos, virtudes e até influências espirituais. É assim que é formado o nosso caráter. Com o passar do tempo, essas marcas se aprofundam e acabam por traumatizar a família toda. Contudo, apesar dessa influência formadora do meio ambiente, somos seres livres e podemos escolher outro caminho.

Para gerar libertação e cura, precisamos primeiramente diagnosticar o mal; em seguida, eliminar o mal e por último, substituir o mal pelo bem. Pode ser que alguns demônios permaneceram em sua família, devido a algum pecado remanescente. 
Jeoiaquim recebeu a seguinte sentença: “castigá-lo-ei a ele e à sua descendência por causa da sua iniqüidade” (Jr 36.30,31). Essa sentença permaneceu porque o comportamento iníquo iniciado por Jeoaquim foi adotado pelo restante da família. 
Verifique, na sua vida, se há sinais de algum comportamento pecaminoso herdado dos antecedentes. Talvez uma prática se repita durante gerações e chegou até você: adultério, grosseria, incesto. Veja também se as conseqüências do pecado estão presentes durante várias gerações e se estendem por diversos membros da família: separações, desempregos, insucessos, problemas mentais etc.
Surtos presentes têm suas raízes em um passado muito remoto. Pode ser importante entender onde o mal teve origem e que tipo de comportamento foi a fonte geradora dos traumas. Assim ficamos sabendo como tudo começou.
Não temos a intenção de transferir a culpa de nossos problemas para gerações passadas. Essa argumentação não passaria de contorcionismo hermenêutico, cujo objetivo é produzir uma declaração mais amena, dividindo a responsabilidade com pessoas que já morreram, que, diga-se de passagem, não estão aqui para se defenderem. 
Assuma a responsabilidade de seus erros, mas evite praticá-los novamente. Os recursos para evitar esses males vêm de Deus e é com Ele que devemos cultivá-los.
Meu amigo, lamento informá-lo, mas você é responsável pelas escolhas que faz na vida. As conseqüências serão colhidas cedo ou tarde. Mesmo sendo resultado de dores, assuma plena responsabilidade por todas as suas ações. “Encare o fato de que muito da reação revelada no seu rosto, vem de suas próprias escolhas e a atitude que você toma.27”
Aprendemos na Palavra de Deus que o pecado pode provocar alguns traumas. A carne tem voz ativa em nossas escolhas porque foi plantada em nós a mesma semente que a serpente semeou em Adão. Geneticistas descobriram fatores hereditários em nosso DNA, localizando genes formadores de tendências para depressão, agressividade, alcoolismo etc. 
Essa tendência para o pecado pode ser incentivada por fatores externos como educação, cultura e religião. Lúcifer, sempre bem informado, sabe de nossas tendências e procura cultivá-las. Ele conhece os nossos pontos mais vulneráveis e é exatamente por aí, que força passagem. Corremos o risco de andar como o diabo gosta. Não precisamos nos render a estes fatores, pelo contrário, se fortalecermos nossas defesas, ele fugirá de nós. 
Amarrar demônios é uma prática eficiente, e de maneira nenhuma quero desmerecê-la, mas essa eficiência aumentará muito se renovarmos mentes educando-as na justiça. 
Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2). 
Minha ênfase, neste livro, está na raiz e não no sintoma. A manifestação demoníaca, seja em que nível for, não passa de um sintoma, precisamos cavar até a raiz, se quisermos trabalhar direito. O cárcere interior está bem lá no fundo. Não adianta limpar a casa sem reformá-la é o mesmo que passar lustra-móveis em madeira podre. É preciso reprogramar a mente colocando-a sob a influência da Palavra.
Essa é uma grande notícia para todos nós: O remédio que nos cura foi produzido na cruz do Calvário. Jesus levou sobre si as dores que nos traumatizavam (veja Isaías 53.4). Se aplicarmos esse bálsamo sobre nossas feridas, nossas emoções permanecerão saudáveis. Esse remédio age queimando todo arquivo emocional que está impregnando seus pensamentos.
Em Jesus, o ciclo gerador de traumas é interrompido e todo efeito dominó iniciado há várias gerações não persistirá. O fim dessa cascata de horrores chegará quando Jesus ocupar o Seu legítimo espaço em nossos corações.
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça (1Jo 1.9). 
[ Confessar significa admitir, concordar com Deus. Vem do grego omologew (homologéo). O primeiro passo na direção da cura emocional é admitir que algo está errado dentro de nós. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará” (Pv 28.13).
Uma vez, um rapaz me procurou para dizer que havia pedido a Deus que o livrasse da tristeza, mas Deus não o livrou. Em outra ocasião, uma moça queixou-se, porque sua oração no sentido de livrar-se de um mau comportamento não fora atendida. Concluiu que Deus não a quis livrar, e que teria de conviver com isso. É um modo curioso de tangenciar, e transferir a culpa para Deus, que não atendeu à sua oração. Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos (Tiago 1.13,14). 
[ O próximo passo é nos purificarmos de toda a injustiça. A palavra grega Katarish (katarise) descreve muito apropriadamente o trabalho de uma dona-de-casa varrendo toda a sujeira para fora da sala.
A tarefa de confessar o pecado só tem valor se for acompanhada de mudança de hábito. Quem confessa e deixa o seu pecado, alcançará misericórdia. Muitos confessam o erro como quem corta o rabo da lagartixa que cresce novamente. Cultive uma atitude definitiva em relação ao pecado, bata na cabeça.
Aqui está um belo resumo para o trabalho de cura interior e libertação espiritual. Confessar o pecado, abandonar o pecado e mudar de hábito. Isso é nada mais nada menos do que aquilo que sempre chamamos de santificação.

Do livro Queima de Arquivo de Ubirajara Crespo

2 comentários:

  1. Heuheuhe, só palavras que edificam, ok; fiquei confuso! Li alguns artigos anteriores do seu blog, um no qual tinha a entrevista de um ex-satanista, ele se referia a "maldições hereditárias" como não existentes, e citou a passagem (não irrelevante) de Ez 18. A única "lógica" que vejo ao confrontar essa passagem com os v. 30,31 de Jr 36 é que a maldição provém da ira de Deus, e é um acontecimento condicional (onde a condição é o castigo divino). Poderia desenvolver o assunto num próximo post ou responder-me? Meu e-mail é scaicool@hotmail.com. Continuarei a visitar seu blog, sou grato desde já. Deus abençoe o seu trabalho e continue lhe enxendo do seu Espírito :D Abraço.

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  2. Em Êx. 20 Deus disse: Visitarei a iniquidade do pai no filho até a terceira e quarta geração.

    A maldição é lançada por Deus em quem desobedece suas orientações. Passa a ser um problema entre nós e Deus e não entre nós e o demônio.

    Deus usa instrumentos de disciplina que parecem estranhos para nós. Saul é um caso típico. Ele foi atormentado por um espírito maligno, que segundo a Bíblia, veio da parte de Deus. Provavelmente nem Saul e nem o atormentador estavam conscientes desta realidade.

    Uma vez resolvido o problema com Deus, o demônio vai embora, sem que precisemos gritar com ele.

    Não existe um grito mais contundente e insuportável para um demônio do que abandonar o pecado.

    Mas espere que vou postar algo sobre isto no futuro

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Quem está Sob Nova Direção só permite que saia da sua boca, palavras que edificam.