A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Mostra e espera

Mc 3.1. Outra vez entrou numa sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos atrofiada.

Estamos diante do tipo de tentação que Jesus não consegue resistir. A tentação de ser bondoso. Misericórdia era a sua maior fraqueza, se é, que podemos chamar isto de fraqueza. Bastava colocar uma pessoa necessitada ao alcance do seu campo visual, que ele caia mesmo.
Nada de passar de largo, fingir que não viu, ou fazer de conta que está dormindo na poltrona do sínodos e nem notou que tem um velhinho bem na sua frente, esperando pra ver se você se manca.

Mc 3,2. "E observavam-no para ver se no sábado curaria o homem, a fim de o acusarem.

Veja bem se isso não é coisa de cabra macho: Nem a sua onisciência era capaz de fazer com que se desviasse do caminho de uma alma doída. 
O filme passava bem ali, em HD, bem na sua frente. Os roteiristas já tinha um necessitado de plantão, balançando na sua frente, como se fosse uma minhoca preza em um anzol. 


Mc 3.3. E disse Jesus ao homem que tinha a mão atrofiada: Levanta-te e vem para o meio.

A cena deve ter sido plantada com o objetivod de  pegar Jesus, fazendo o bem, mas fora de hora, como se um ato de misericórdia tivesse hora marcada. 

Foi aqui, que Jesus lhes fez a pergunta mais desconcertante do mundo, do tipo, que desarma nações inteiras e faz todo mundo baixar a guarda: " vocês acham que no sábado é lícito fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida ou matar? Eles, porém, se calaram". 

O que você responderia? Eu acho que, correria para o açougue e pediria para o primeiro açougueiro cortar fora a minha língua, para nunca mais falar besteira nenhuma.

O que aqueles homens não contavam, é que o homem fosse realmente curado. 

É um charlatão, diziam a todos e vamos desmascara-lo diante de todos. Para surpresa geral, lá estava o homem com a sua mão novinha em folha.

Depois de ler um texto como esse, pra quê falar? Só preciso balançar diante dele, a minha alma ferida, seja lá pelo que for, e esperar dele aquela atitude mais digna, mais inteligente, mais providencial, mais profunda, mais definitiva e mais apropriada em termos de dia e hora, que alguém poderia imaginar. 

Mostra tudo pra ele, meu amado, e depois espera. Quase cinquenta anos de vida cristã me mostraram que é assim que funciona. 


Ubirajara Crespo 

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