A Nova Direção proposta aqui é uma retomada de rumos já tomados pela Igreja. resgatar valores antigos, mas sem perder o contato com a realidade atual. A mensagem de Jesus continuará relevante, mesmo que seque a erva e murche a flor.
Tudo o que vem dele, é permanente.
O amor de Cristo por nós, sua Palavra, suas promessas e sua posição única no topo do universo, continuam sendo as mesmas, aconteça o que acontecer na base. Se for preciso, vamos mudar o rumo e voltar atrás, para bem longe da cauda.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SAIBA IDENTIFICAR UM FARISEU

Mt 23.33: Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? 

Fico cada vez mais intrigado ao ver o enorme esforço de um autêntico fariseu para construir uma cara religiosa e uma aparência de zelo. Já que a única coisa autêntica nele é o fato de ser fariseu. 

O fariseu investe pesado neste projeto coisas como tempo, roupa, argumento e dinheiro? O sujeito consegue jejuar, ofertar, louvar, orar, subir as escadas da Penha de joelhos, rezar 100 Padre Nossos, fazer peregrinações a pé e se autoflagelar, mas não consegue deixar de odiar, perdoar, acabar com a fofoca e de olhar para o trazeiro da vizinha. 

Verniz religioso não mata cupim nem muda a estrutura de uma parede feita de estrume. Lá dentro a caca continua fermentando e fedendo. Esta religiosidade não muda a natureza do coração de uma serpente nem diminui o índice de mortalidade provocado pelo seu veneno. Só derrubando a parede e construindo uma nova. Só nascendo de novo.

O pecado que habita em nós não deve ser domado, nem liturgicamente enfeitado, mas eliminado. A solução de Deus é reconstruir com material totalmente diferente, não reciclado, nem recauchutado. 

Quem nasce da carne é carne, mas quem nasce do Espírito é espírito. Deus não quer ser louvado, adorado e exaltado pela carne, cheirado pelas ventas ou visto por olhos humanos. Foi por isto mesmo que Jesus determinou que ao ser levantado da terra, todos atrairia para a mesma morte.

A crucificação é uma troca de domicílio sem direito a caminhão de mudança e olhar pra trás. Só embarca quem tem passagem só de ida. Exige-se disposição para quebrar pontes, eliminar retornos, sair da carne e viajar no Espírito.  

Ubirajara Crespo


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sábado, 13 de novembro de 2010

CABALISMO GOSPEL

MÉTODOS CABALÍSTICOS

Esses métodos, em sua maioria, usados em algumas igrejas, visando o rápido crescimento numérico, são importados. É muito comum ver pregadores estrangeiros entre nós “ensinando” as mais novas leis para o crescimento congregacional. Para algumas pessoas, isso é uma verdadeira obsessão. 

Vimos, um dia desses, na TV,5 um cidadão anunciando certo seminário teológico. Foi prometido que, ao final de noventa dias de um curso por correspondência, o aluno receberia um diploma, credenciais pastorais, ordenação, unção (sic) e o conhecimento para aumentar rapidamente uma congregação de 50 membros para 500! Tudo isso dividido em seis vezes sem juros no cartão. Como a TV é um instrumento caro, deduzimos que alguém deve estar comprando isso. E se o resultado desse tipo de coisa já é péssimo hoje, no futuro poderá ser catastrófico. 

Vamos recorrer, mais uma vez, para enfatizar nossa tese, à citação de um debate sobre o tema transmitido pelo rádio. Certo pastor comentou que há vinte anos fundou uma igreja com um grupo de vinte outros irmãos e, decorridas duas décadas, essa igreja tem cinquenta membros, o que, de certa forma, o deixa frustrado (uso este exemplo porque, como disse, se tornou público pela transmissão). 

Não conhecemos o pastor referido, portanto qualquer comentário particular, mesmo elogioso, seria leviano. Mas queremos analisar o exemplo em si, pois nos parece emblemático. A primeira questão a ser levantada é: o fato de a igreja ter sido fundada há vinte anos com vinte membros e hoje ter “apenas” cinquenta faz desse ministério um fracasso? (em nenhum momento o pastor disse que achava que fosse); a segunda questão é se existe um padrão numérico de crescimento que determina o fracasso ou sucesso de uma igreja.

Vamos analisar o exemplo dado por outro prisma para procurar responder à primeira questão, ou seja, o crescimento numérico determina fracasso ou sucesso? Vamos usar então a mesma lógica que os defensores do crescimento a qualquer custo usam. Digamos que há vinte anos uma igreja qualquer tivesse dois mil membros e hoje cinco mil. Provavelmente, teríamos aí um exemplo de igreja que cresceu explosivamente, talvez fosse até visitada por líderes evangélicos ansiosos em aprender sobre os métodos que ali foram utilizados, e então implantar os mesmos métodos de crescimento em suas comunidades locais. 

Mas se examinarmos a questão pelo mérito matemático, salta aos nossos olhos que ambas as congregações cresceram duas vezes e meia em vinte anos, logo a taxa de crescimento foi rigorosamente igual. Mas aí, ao que parece, o que importa é o numero per si. Uma espécie de numerolatria, o número pelo número, uma obsessão pelo status que o crescimento numérico traz (o que não é o caso do debatedor citado, muito ao contrário, um rigoroso opositor desse tipo de ensino). Estamos diante da aplicação de dois pesos e duas medidas diferentes para o mesmo caso em análise. 

O crescimento numérico passou a ser usado como referendador de todo tipo de prática. Para muitos, não importa o que esteja sendo dito ou feito em tal grupo; se estiver crescendo é um sinal inequívoco que Deus está no meio deles. Nunca ouviram dizer que a maioria não é critério usado por Deus para manifestar sua vontade (Êx 23.2)? Mas ai de quem esboçar opinião contrária: será primeiro convidado a ficar do lado da maioria (1Rs 22.13), caso recuse, será então acusado de desdenho ou de inveja. Mas isto não deve intimidar quem tem compromisso com a Palavra de Deus.

Moisés Veríssimo, autor do livro "O Fermento dos Fariseus", próximo lançamento da editora Naós.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

RECEITA RELIGIOSA COSINHANDO EM FOGO MORNO

Fica difícil cozinhar, na mesma panela, ingredientes como maldade, fé, adultério e expectativa messiânica. Talvez fosse este o sinal que esperado por "uma geração má e adúltera pedindo um sinal" (Mt 16.4).

Jesus deixou claro nesta declaração que algumas escolhas são irreconciliáveis.

Não há tarefa mais inútil do que tentar aliviar o peso de perversidades acumuladas por gerações com aparências e compensações religiosas. Obviamente não foi por temer a Deus que estas pessoas solicitaram um sinal da vinda do Messias. 

Não passava de uma maldosa armação embrulhada num pacote enfeitado com confete religioso. A dissimulação é o sujeito que ficou claro nesta frase, apesar da tentativa de ocultá-lo por detrás de vocabulário religioso e zelo dissimulado.

"Aproximando-se os fariseus e os saduceus, tentando-o, pediram-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu" (Mt 16.1). 

A atitude daqueles questionadores, não me preocupa tanto quanto as tentativas satânicas de me colocar nesta mesma prisão. Preciso me manter vigilante, e evitar que uma seringa contaminada injete em minha alma uma fórmula composta por palavras certas, liturgias aceitáveis e motivações erradas. É parecer santo sem viver a santidade ou declarar libertação sem arrependimento e mudança de vida.


Jesus reconheceu que o senso de observação apurado dos farizeus era capaz de fazer previsões do tempo de curto prazo. Sensurou-os, porém, por não serem capazes de detectar sinais óbvios do advento do Messias. Sua cegueira espiritual era turbinada pela sua ignorância das Escrituras. Suas brilhantes conclusões adivinham dos sentidos e da razão e não da iluminação. "Chegada a tarde, dizeis: Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado" (Mt 16.2).




A percepção da aproximação de alterações climáticas no mundo espiritual é um dom dado a todos, não apenas ao big boss denominacional. É composta por valores subjetivos aliados objetivos. O fator subjetivo funciona como uma luz amarela que acende no interior de quem anda com Deus. Um sinal que alerta da possibilidade de perigo iminente.


O fator objetivo vem do conhecimento das profecias bíblicas contestualizadas a informações vindas do noticiário. Os farizeus estudavam a Bíblia, mas perderam a percepção profética e ficaram insensíveis aos sinais que os tempos conferem. Jesus os confrontava com esta perda de percepção.


"Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu e não podeis discernir os sinais dos tempos?" (Mt 16.3)


Jesus não perdia tempo montando um circo para assistentes descomprometidos, que até pagariam o ingresso, mas de quem extrairia apenas dinheiro, aplausos e admiração.

Para estes simplesmente dizia: RESPEITÁVEL PÚBLICO: O espetáculo não vai começar! "...nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas" (Mt 16.1-4).

O sinal de Jonas nos convoca, não apenas para assistir, mas para participar de uma tragédia pessoal, onde se morre para o mundo e se vive para Deus. O escript inclui a cena do crime, destacando a cruz onde nos tornamos cúmplices da morte do "velho homem" e a tumba que engole a carne, assim como Jonas foi engolido por um peixe. Ali perdemos o contato com o mundo e experimentamos a nossa redenção.

Este drama terminará quando a terra vomitar quem a vomitou. O que são três míseros dias de contenção para quem aguarda a glória eterna?

Ubirajara Crespo